"O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros." (Chico Xavier)


"Sede, pois, vós outros, perfeitos como perfeito é o vosso Pai celestial” (Jesus Cristo)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Gratidão: você pratica??

Hoje, recebi um texto no meu e-mail da redação do Momento Espírita que me fez pensar sobre algo: a gratidão. Muitas vezes, na corrida diária, nos esquecemos de agradecer. Agradecer pelo pão que não falta na nossa mesa, quando muitos nem tem o que comer. Agradecer pela vida, saúde, nossa casa e por acordar todos os dias. Independente da escolha religiosa, todos nós temos, em algum momento a necessidade da gratidão. E quem falta com ela, está cometendo uma grande falta, com o perdão do trocadilho. O Sol nasce para todos, os ruins e os menos ruins, pois como Jesus mesmo disse "Bom é o meu pai que está no céu." E só por isso, já precisamos agradecer. Mas não apenas a Deus. Precisamos praticar a gratidão com todos os que estão à nossa volta, sem esperar que o outro nos agradeça por algo. 
O texto é lindo, vale a pena ler.

Gratidão
 
O homem, por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída. Uma garotinha se aproximou da loja e apertou o narizinho contra o vidro da vitrine.
Os olhos da cor do céu brilharam quando ela viu determinado objeto.
Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. É para minha irmã. Pode fazer um pacote bem bonito?
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: Quanto dinheiro você tem?
Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse: Isto dá, não dá?
Eram apenas algumas moedas, que ela exibia orgulhosa.
Sabe, eu quero dar este colar azul para a minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É seu aniversário e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos olhos dela.
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.
Tome, leve com cuidado.
Ela saiu feliz, saltitando rua abaixo.
Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e longos e maravilhosos olhos azuis, adentrou a loja.
Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e perguntou:
Este colar foi comprado aqui?
Sim, senhora.
E quanto custou?
Ah!, falou o homem, o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente.
A moça continuou: Mas minha irmã tinha somente algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo!
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem dizendo: Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagarEla deu tudo o que tinha.
O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces jovens, enquanto suas mãos tomavam o embrulho e ela retornava ao lar, emocionada.

O colar de turquesas azuis, do livro Remotos cânticos de Belém, de Wallace Leal Rodrigues, ed. O Clarim.

Pratiquemos sempre a gratidão!