"O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros." (Chico Xavier)


"Sede, pois, vós outros, perfeitos como perfeito é o vosso Pai celestial” (Jesus Cristo)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Casamento



Com o advento da modernidade, e do avanço pela celeridade processual como forma de desafogar o judiciário, fora editada a Emenda Constitucional 66 de 2010, na qual determinou que "o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio".

A intenção era de que tornasse o processo mais simples, suprimindo o processo de separação judicial prévio para os casais que se separassem.

Desta forma, na visão da ética cristã, o casamento deixou de ser o importante instrumento de constituição da familia, já que se banalizou sua abrangência, ao passo que se um casal casa-se hoje e amanhã pretende separar-se, e cabendo o divórcio em vias cartorais, logo que homologada sua averbação, pode impetrar novo processo para casar-se novamente.

Em outra via, a opção pela união estável ao casamento realizado no cartório, vulgarmente chamado de "casamento no papel", tornou-se uma optativa para que os casais não assumam a responsabilidade do casamento, já que desfeito o relacionamento, desnecessário qualquer meio processual para alterar seu estado civil.

É mais fácil ser sempre solteiro, que se tornar um divorciado.

Todavia, os casais vem esquecendo da importância da abnegação, da resignação, da responsabilidade e do comprometimento que se torna necessário em quaisquer união.

É ncessário reatar os laços do casamento, conscientizando os nubentes da necessidade de entregar-se com maior zelo e cuidado na maior instuição da sociedade: a família.

Neste contexto, Alberto Ribeiro de Almeida, com especialização em terapia transpessoal, escreveu o livro "A Arte do RE ENCONTRO - Casmento", da editora Federação Espírita do Paraná (FEP), que consta inúmeras reflexões ofertadas ao Leitor sobre o amor, o casamento.



Segue transcrição da introdução, realizada por Joanna de Ângelis, através da psicografia de Divaldo Pereira Franco, que nos insita profundas reflexões acerca da união conjugal.

Já comprei o meu, e estou devorando cada cantinho de suas páginas, e compartilho esta linda passagem abaixo:


"Como consequência de largo processo antropossocio-psicológico, o ser humano alcançou o patamar da união conjugal para o elevado ministério da constituição da família.

Dos instintos de conservação da vida e da sua perpetuação mediante a união sexual decorrente dos impulsos da libido à poligamia, a Sociedade, no seu desenvolvimento evolutivo, concluiu que a disciplina e o respeito devem viger nas uniões, elegendo a monogamia como sendo o comportamento ideal para a vida digna e feliz.

O sexo, como veículo da construção de vidas orgânicas, é abençoado pelo prazer em forma de sensação que se converte em emoção superior, unindo os parceiros e os tornando complementos afetivos um do outro.

Com a liberalidade sexual em nome do modernismo, os relacionamentos múltiplos vêm reconduzindo o ser humano às superadas experiências primevas, atando-o aos vícios mentais e tormentos emocionais que se expressam em forma de promiscuidade e de insatisfação.

Quanto mais se deseje instrumentar a união sexual com artifícios para aumentar-lhe o prazer, mais se reduzirá a emoção plenificadora, transformando-a em hábito desgastante e gerador de conflitos existenciais que culminarão na incapacidade orgânica, na amargura, na drogatização...

O fator básico para a perfeita integração sexual entre dois seres humanos é a presença do amor amadurecido pela consciência psicológica em torno da vida, culminando, invariavelmente, no consórcio matrimonial em busca da sua preservação.

Embora na atualidade essa união se encontre vilipendiada pelo erotismo e se torne motivo de exibicionismo de algumas personalidades de relevo na Sociedade, que o tentam proscrever, o casamento é conquista nobre que possibilita a harmonia entre os parceiros e o respieto recíproco.

Os fracassos que se apontam nas uniões conjugais não são maiores do que nos relacionamentos ligeiros e sem compomisso ou responsabilidade, quase todos, porém, defluentes da imaturidade psicológica dos nubentes, qual sucede em qualquer outro tipo de parceria...

Invariavelmente, a precipitação emocional e os impulsos irrefreados dos indíviduos buscam no casamento um campo de exteriorização das suas necessidades sexuais, sem a devida preparação para a convivência a dois ou a maior número de pessoas, quando surge a prole.

Outros fatores que procedem de existências passadas como heranças infelizes, expressam-se em forma de conflitos e complexos tormentosos, que são frutos espúrios do egoísmo, da prepotência, do ciúme, das paixões dissolventes que estrugem em lutas perversas logo passa o encantamento inicial da eleição conjugal.

Na condição de vínculo moral e legal de alta significação social e de responsabilidade, o casamento é a maneira mais digna para a construção da Sociedade.

Sem dúvidas, há parcerias sexuais ditosas pelos sentimentos de união que felicitam os consórcios.

Neses casos, por que não selas com o matrimônio a união consolidade, atendendo aos dispositivos legais elaborados pelo congresso moral?

O ser humano avança para a superação dos atavismos doentios do passado e a vitória sobre os hábitos viciosos, sendo o casamento um recurso precioso para o equilíbrio e a edificação familiar."

(...)

Salvador, 24 de novembro de 2010.
Joanna de Ângelis

(página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)



Carinhosamente,


Fabiane Teixeira

3 comentários:

  1. Fá, amei o seu post..de fato, nos dias que se seguem, o sexo desenfreado e as uniões infelizes vem se multiplicando, causando uma série de problemas emocionais e sociais. Mas o casamento continua sendo um "lugar" onde o egoísmo tem os seus dias contados, se os dois se empenharem na felicidade um do outro e no respeito mútuo...
    quero o livro ...vou ver se na Livraria do meu núcleo tem...beijos e parabéns!

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  2. Su,
    estou lendo o livro e lhe digo é perfeito!
    Vale a pena ler... quero comentar algumas coisas dele no nosso espaço oportunamente.
    Beijinhos,

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  3. são bons os ensinamentos espiritas. nos faz refletir , joga para a razão... é belo ...

    e d'angelis nem se fala...

    legal... sobre esse espaço... e os temas...

    boa semana para vocs...

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