"O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros." (Chico Xavier)


"Sede, pois, vós outros, perfeitos como perfeito é o vosso Pai celestial” (Jesus Cristo)

domingo, 18 de dezembro de 2011

Oração de Natal - Momento Espírita

Jesus, que neste Natal, Seu olhar de luz penetre nossa alma, como a brisa morna da primavera, e acorde a esperança adormecida sob as folhas secas das ilusões, dos medos, da indiferença, do desespero...
Que Seu perfume, suave como a ternura, envolva todo o nosso ser, confortando-nos e despertando a alegria que jaz esquecida por trás das lamúrias e distrações do caminho...
Que o bálsamo do Seu amor acalme as nossas dores, silencie as nossas queixas, socorra a nossa falta de fé.
Que, neste Natal, o calor da Sua bondade se derrame sobre o nosso Espírito e derreta o gelo milenar do egoísmo que nos infelicita e faz infelizes nossos semelhantes...
Que Seu coração generoso afine as cordas da harpa viva que vibra em nossa intimidade, e possamos cantar e dançar, até que o preconceito fuja, envergonhado, e não mais faça morada em nós...
Que o Seu canto de paz seja ouvido por todos os povos, do Oriente e do Ocidente, e as guerras nunca mais sejam possíveis entre a raça humana...
Que, neste Natal, Suas mãos invisíveis e firmes sustentem as nossas, e nos arranquem dos precipícios dos vícios, da ira, dos ódios que tanto nos infelicitam...
Que a água cristalina da Sua misericórdia percorra nossa alma e remova o lodo do ciúme, da inveja, do desejo de vingança, e de tantos outros vermes que nos corroem e nos matam lentamente...
Que o bisturi do Seu afeto extirpe a mágoa que se aloja em nosso íntimo e nos turva as vistas, impedindo-nos de ver as flores ao longo do caminho...
Que, neste Natal, a pureza da Sua amizade faça com que possamos ver apenas as virtudes dos nossos amigos, e os abracemos sem receio, sem defesas, sem prevenções...
Que Seu canto de liberdade ecoe em nós, para que sejamos livres como as falenas que brincam na brisa morna, penetrada pela suavidade da luz solar...
Que o sopro da Sua fé nos impulsione na direção das estrelas que cintilam no firmamento, onde não mais se ouvem gemidos de dor, e onde a felicidade plena já é realidade.
Ensine-nos, Jesus, a amar, a fazer desabrochar em nossa alma esse sol interior que nos fará luz por inteiro...
Ajude-nos a desenvolver o gosto pelo conhecimento, para que possamos encontrar a verdade que nos libertará da ignorância pertinaz...
E, por fim, Jesus, que neste Natal cada ser humano possa sentir a Sua presença sábia e amiga, convidando a todos a uma vida mais feliz...
Tão feliz que Sua mensagem não mais seja um tímido eco repercutindo em almas vacilantes, mas que seja uma grande melodia que vibra o amor em todos os cantos da Terra...
 Redação do Momento Espírita.

domingo, 28 de agosto de 2011

ABORRECIMENTOS





Nada mais comum nas atividades terrenas do que o hábito enraizado das querelas, dos desentendimentos, das chateações.
Nada mais corriqueiro entre os indivíduos humanos.
Como um campo de meninos, em que cada gesto, cada nota, cada menção se torna um bom motivo para contendas e mal-entendidos, também na sociedade dos adultos o mesmo fenômeno ocorre.
Mais do que compreensível é que você, semelhante a um menino de "pavio curto", libere adrenalina nos episódios cotidianos que desafiem a sua estabilidade emocional.
Compreensível que se agite, que se irrite, que alteie a voz, que afivele ao rosto expressões feias de diversos e matizes.
Em virtude do nível do seu mundo íntimo, tudo isso é possível de acontecer.
Contudo, você não veio à terra para fixar deficiências, mas para tratá-las, cultivando a saúde.
Você não se acha no mundo para submeter-se aos impulsos irracionais, mas para fazê-los amadurecer para os campos da razão lúcida.
Você não nasceu para se deixar levar pelo destempero, pela irritação que desarticula o equilíbrio, mas tem o dever de educar-se, porque tem na pauta da sua vida o compromisso de cooperar com Deus, à medida que cresça, que amadureça, que se enobreça.
Desse modo, os seus aborrecimentos diários, embora sejam admissíveis em almas infantis e destemperadas, já começam a provocar ruídos infelizes, desconcertantes e indesejáveis nas almas que se encontram no mundo para dar conta de compromissos abençoados com Jesus Cristo e com Seus prepostos.
Assim, observe-se mais; conheça-se no aprendizado do bem, um pouco mais. Esforce-se mais por melhorar-se.
Resista um pouco mais aos impulsos da fera que ainda ronda as suas experiências íntimas.
Aproxime-se um pouco mais dos Benfeitores Espirituais que o amparam.
Perante as perturbações alheias, aprenda a analisar e não repetir.
Diante da rebeldia de alguém, analise e retire a lição para que não faça o mesmo.
Notando a explosão violenta de alguém, reflita nas conseqüências danosas, a fim de não fazer o mesmo.
Cada esforço que você fizer por melhorar-se, por educar-se, será secundado pela ajuda de luminosos Imortais que estão, em todo tempo, investindo no seu progresso, para que, pouco a pouco, mas sempre, você cresça e se ilumine, fazendo-se vitorioso cooperador com Deus, tendo-se superado a si mesmo, transformando suas noites morais em radiosas manhãs de perene formosura.
Quando você for visitado por uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponha-se a ela.
E, quando houver conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, diga, de si para consigo, cheio de justa satisfação: "Fui o mais forte."

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Gratidão: você pratica??

Hoje, recebi um texto no meu e-mail da redação do Momento Espírita que me fez pensar sobre algo: a gratidão. Muitas vezes, na corrida diária, nos esquecemos de agradecer. Agradecer pelo pão que não falta na nossa mesa, quando muitos nem tem o que comer. Agradecer pela vida, saúde, nossa casa e por acordar todos os dias. Independente da escolha religiosa, todos nós temos, em algum momento a necessidade da gratidão. E quem falta com ela, está cometendo uma grande falta, com o perdão do trocadilho. O Sol nasce para todos, os ruins e os menos ruins, pois como Jesus mesmo disse "Bom é o meu pai que está no céu." E só por isso, já precisamos agradecer. Mas não apenas a Deus. Precisamos praticar a gratidão com todos os que estão à nossa volta, sem esperar que o outro nos agradeça por algo. 
O texto é lindo, vale a pena ler.

Gratidão
 
O homem, por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída. Uma garotinha se aproximou da loja e apertou o narizinho contra o vidro da vitrine.
Os olhos da cor do céu brilharam quando ela viu determinado objeto.
Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. É para minha irmã. Pode fazer um pacote bem bonito?
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: Quanto dinheiro você tem?
Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse: Isto dá, não dá?
Eram apenas algumas moedas, que ela exibia orgulhosa.
Sabe, eu quero dar este colar azul para a minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É seu aniversário e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos olhos dela.
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.
Tome, leve com cuidado.
Ela saiu feliz, saltitando rua abaixo.
Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e longos e maravilhosos olhos azuis, adentrou a loja.
Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e perguntou:
Este colar foi comprado aqui?
Sim, senhora.
E quanto custou?
Ah!, falou o homem, o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente.
A moça continuou: Mas minha irmã tinha somente algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo!
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem dizendo: Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagarEla deu tudo o que tinha.
O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces jovens, enquanto suas mãos tomavam o embrulho e ela retornava ao lar, emocionada.

O colar de turquesas azuis, do livro Remotos cânticos de Belém, de Wallace Leal Rodrigues, ed. O Clarim.

Pratiquemos sempre a gratidão!

sábado, 25 de junho de 2011

FRATERNIDADE EM JESUS

FRATERNIDADE EM JESUS

Bezerra de Menezes


Queridos amigos e irmãos devotados à causa do Bem.
Estejamos todos na Paz do Senhor!
O setor de conscientização a que fomos chamados pelos supervisores da construção do Amanha Melhor, sem dúvida, não é por si e em si uma instituição nos moldes humanos, quanto à organização e funcionamento.
* * *
Os Mensageiros do Divino Mestre não nos induziram a criar um órgão de caráter elitista, com obrigações convencionais quando temos todos compromissos de ordem disciplinar na vida externa.
Somos convidados a formar um núcleo, no qual se destaque o ensinamento do Mestre Inesquecível, quando nos asseverou que “no Reino dos Céus, o maior será sempre aquele que se fizer o servidor de todos” e, considerando que em outro tópico das instruções evangélicas, asseverou Ele próprio que “O Reino de Deus está no íntimo de cada um de nós”, o nosso setor de atividades se consagra efetivamente a essa descoberta de nós mesmos, através do estudo de nossas próprias tendências e de auto-análise à base do discernimento que nos conduzem ao aperfeiçoamento de nós mesmos.
* * *
Aliás, isso é compreensível na fundamentação da Fraternidade, a cujo abrigo espiritual se acolhem milhares de irmãos nossos buscando paz e luz.
Recordemos a imagem da construção de uma casa simples: primeiramente, os alicerces; em seguida o erguimento da estrutura; logo após, o respaldo ou a cobertura necessária, que nos garanta a segurança do edifício.
Conhecimento, trabalho e conscientização representam as três fases de uma formação única, sem vinculações com determinados esquemas de serviços, todos eles respeitáveis pela finalidade a que se destinam. O setor que se nos confiou desdobrará as suas atividades características na renovação e no aprimoramento de cada companheiro que senos associe aos ideais, sem qualquer pretensão a privilégios ou virtudes especiais, mesmo porque, estaremos todos procurando a luz da unidade, apresentando-nos espiritualmente tais quais somos no quadro de nossas vivências pessoais, diante do Evangelho do Cristo e dos ensinamentos que a Doutrina Espírita nos expõe, interpretando com fidelidade as instruções do nosso Divino Mestre e Senhor, com a paciência e a humildade, o dever de servir e a simplicidade precisa, a fim de que atinjamos os fim de que atinjamos os fins a que nos propomos.
* * *
Anotemos, sem qualquer idéia de confrontação, as primeiras reuniões para que o clarão da Boa Nova se expandisse, exceção feita à Divina Palavra do Monte, à frente da multidão, sempre se efetuou com a presença de poucos, de modo a que se obtivesse o muito na conscientização dos princípios, com os quais o Cristianismo lançava a sua plataforma no mundo.
* * *
Que a pregação perante milhares ou milhões de pessoas, salientando de maneira especial a disseminação das luzes espirituais, através da televisão, que reflete com muita propriedade a realização dos apontamentos de Jesus, ao enunciar que a mensagem do Evangelho seria dividida com todas as criaturas, até mesmo utilizando-se os telhados, que essa bênção da comunhão geral em torno da verdade que o mundo cristão enuncia se faz necessária, não padece dúvida.
* * *
Abençoados sejam todos os corações que se dedicam a essa sementeira prodigiosa de paz e vida iniciada há quase dois milênios, acordando almas e levantando espíritos para a aceitação das realidades espirituais.
Entretanto, que necessitamos de amigos de explicação para o diálogo nos campos da vida nova na Terra, tanto quanto se nos faça possível, é medida substancial de socorro a todos os que despertam para o conhecimento e se fazem, para logo, espíritos famintos de conscientização quanto ao que lhes cabe fazer, a começar dos sentimentos próprios e, esse trabalho é justamente o esforço a que nos referimos e que sabemos, principiará da união de poucos, mas esses poucos decididos a efetuar a própria renovação íntima, se farão esteios espontâneos da tarefa que se nos confiou, sem que, ao executa-la, venhamos a nos sentir na condição de obreiros especializados sob uma suposta nomeação dos Altos Escalões da Espiritualidade Superior.
* * *
Seremos, com o apoio de Jesus, os companheiros da frase de compreensão e amizade, paz e bênção que, reunidos para o cultivo dessa obra de amor e vida, se habilitarão, não apenas a se ajustarem ou se reajustarem ante os princípios redentores que abraçamos, mas igualmente, se farão trabalhadores preparados a transmitir essa mensagem de conscientização e explicação no trabalho com o Divino Mestre, serviço esse que, de modo simples e natural, se erguerá no rumo dos lares, em cujos recessos a fé cristã se faz reverenciada e ouvida dentro dos núcleos familiares, com reflexos construtivos nos grupos sociais a que as organizações domésticas se vinculem.
* * *
Entendemos a dificuldade para identificar a obra com a humildade que lhe será o selo de apresentação, no entanto, à medida que o serviço se desenvolva, novos estímulos e novas elucidações virão da Espiritualidade Maior, em cujo seio o nosso setor de tarefas já nasceu para compreender e amar, esquecer-se e servir.
* * *
A hora atual, com tantos entretenimentos à margem dos caminhos humanos exercendo sobre as criaturas indesejável fascínio, pede a presença de sementeira e seara, quais as mossas a que nos reportamos, quanto ao que concerne à transformação e ajustamento da vida interior na preparação de material humano capaz de atravessar nossa época de transição no mundo físico, e alcançar os tempos novos que se aproximam, à maneira do facho que nada perde em contato com a ventania das provações e adversidades, espetáculos de poder externo e grandeza ilusória, repondo Jesus Cristo e Seus ensinamentos de paz e amor, com substância na Doutrina Espírita, cooperando com segurança na construção das Eras Futuras.
Estamos começando em nossas tarefas, desconhecendo-lhes a estrutura própria, no entanto, a bolota nada expressa quanto ao tronco robusto em que se transformará.
Trabalhemos. Doemos, cada um de nós, quanto se nos faça possível nas áreas de vivÊncia e experiência, em favor da conscientização evangélica e o Senhor fará o resto.
Que a nossa prece se faça luz por dentro de nós, e que a bênção do Divino Mestre nos alcance a todos, hoje e sempre, são os votos do amigo e servidor sempre reconhecido.

(Página recebida em Uberaba, estado de Minas Gerais, em 04 de fevereiro de 1982).
Da Obra “União Em Jesus” – Espíritos Diversos –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O tempo: preciosa lição



Em um dos livros bíblicos, o Eclesiastes, há um texto de grande beleza.

É o capítulo 3.

Esse texto, que é atribuído ao sábio Rei Salomão, versa sobre o tempo e é uma preciosa lição.

Diz que tudo tem o seu tempo determinado, e que há tempo para todo o propósito sob o céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer. Tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou. Tempo de derrubar, e tempo de edificar. Tempo de chorar, e tempo de rir ou de dançar. Tempo de abraçar, e tempo de afastar-se. Tempo de buscar, e tempo de perder. Tempo de guardar, e tempo de lançar fora. Tempo de rasgar, e tempo de costurar.

Tempo de calar, e tempo de falar. É uma sábia avaliação do ritmo e das leis que regem a vida. Nascemos quando precisamos de mais uma experiência na Terra. E devemos deixar o corpo, no momento exato em que já cumprimos nossa missão na Terra. Nem antes, nem depois, mas no exato momento em que Deus nos convida a voltar para a nossa casa celeste. Há a hora certa para falar: é quando nos dispomos a consolar o que chora, a emprestar um ombro amigo, a dar um bom conselho. Há o momento de silenciar, quando basta segurar a mão de alguém e transmitir solidariedade. E há o momento de calar, para não ofender, magoar, maltratar. Há o momento de plantar e o de colher.

Não podemos esquecer que tudo o que semearmos livremente, seremos obrigados a colher mais tarde. É uma lei universal chamada causa e efeito: a vida nos devolverá na exata medida do que fizermos. Seríamos tão mais felizes se observássemos o momento adequado de todas as coisas. A vida requer olhos atentos. Não apenas os olhos físicos, mas as janelas da alma que são capazes de identificar necessidades e potenciais alheios. As almas sensíveis reconhecem a hora certa de agir.

Diz o texto do Eclesiastes que não há coisa melhor do que alegrar-se e fazer o bem. Somente um sábio seria capaz de dizer tão profunda verdade com tanta simplicidade! Viver contente com todos os aprendizados que a vida traz é uma arte pouco praticada e quase desconhecida. Saber alegrar-se com as pequeninas coisas de todo dia. Descobrir poesia em pétalas de flor, luares e poentes. E fazer o bem? Há atividade mais agradável aos olhos de Deus que amar todos os seres, respeitar a Criação Divina, impregnar-se de ternura?

É esse sentimento de admiração à obra Divina que fez o sábio Salomão escrever: Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente. Nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar. Sim, diante da obra Divina, só nos cabe entender que nada acontece sem que o Pai Celeste saiba e permita. Embora debaixo do sol haja mais impiedade que demonstrações de amor, mais iniqüidade que justiça, acredite: tudo está correto e seguindo a vontade Divina. Isso é tranqüilizador. O importante não é a maneira como os outros agem, mas como nós agimos.

* * *

Não se preocupe com os outros. Preste contas apenas de sua vida e de seus atos. Alegre-se com o amor de Deus, aja de forma reta, tenha a consciência serenada pelo dever cumprido. Tudo isso se transforma automaticamente em felicidade.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Dica de leitura: Transição Planetária


"Estamos no limiar da grande transição, em que o nosso planeta passará da condição de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração. Isso já constava no planejamento celestial há muito tempo e não se dará, obviamente, num passe de mágica, pois se trata de um processo de transformação lento e gradual, porém, impostergável."
(Introdução do Livro Transição Planetária)


Muito esclarecedor esse livro, que trata do momento delicado por qual está passando o nosso amado Planeta. Transição Planetária é um livro para você ler com toda atenção, pois em todas as páginas surgem revelações que farão seu coração bater mais forte e agradecer ao Senhor das Estrelas por permitir que tenhamos tantas notícias do mundo espiritual. 
No primeiro momento, o livro trata dos cuidados e resgates às vítimas do tsunami na Indonésia. São relatos comoventes e podemos perceber como os desvelados trabalhadores do Bem estão por toda parte. 
No segundo momento, o livro trata da preparação para as encarnações que serão empreendidas aqui no Brasil (Coração do Mundo e Pátria do Evangelho), dos casais que aceitaram a nobre missão e dos espíritos que com renúncia e por amor ao próximo estarão por aqui nos anos vindouros.

Uma leitura, sem dúvidas, imperdível!!


Título: Transição Planetária
Autor: Manoel Philomeno de Miranda (Espírito) 
Psicografado por Divaldo Franco.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Em que contexto surgiu a Doutrina Espírita?

Nos idos do século XIX, quando a humanidade estava recebendo diversos espíritos responsáveis pelo progresso do nosso planeta, um professor lionês, Hipollyte Léon Denizard Rivail, encarava a grande missão da sua vida: codificar a doutrina dos espíritos, que inauguraria uma Nova Era para a humanidade. Mas, o que estava acontecendo no século XIX?  
Em França, no apagar das luzes do século XVIII, mais precisamente no ano de 1789, acontecia uma revolução que mudaria para sempre a história do mundo: a Revolução Francesa. Na Inglaterra, indústrias surgiam, com máquinas movidas a vapor, e estradas de ferro eram construídas, consolidando essa nação como a pioneira da Revolução Industrial.
O grande historiador britânico Eric Hobsbawn, que escreveu o excelente livro "A Era das Revoluções", dentre outros, cita, no seu capítulo dedicado à Revolução Francesa que "se a economia do mundo do século XIX foi formada principalmente sob a influência da revolução industrial britânica, sua política e ideologia foram formadas principalmente pela Revolução Francesa" (HOBSBAWM, 2007) E foi nesse mundo em transformação que o inesquecível codificador se dedica à sua nobre missão e em  18 de abril de 1857, o Livro dos Espíritos estava publicado e o mundo recebia o Consolador prometido. 
Foi nesse mundo do século XIX, no ano de 1848 (considerado pelos historiadores como um ano de grandes revoluções, chamado de "Primavera dos Povos"), enquanto Paris fervilhava com ideias iluministas,  numa tosca cabana de Hydesville, (EUA) as irmãs Fox criam um código para conversar com os espíritos. Era o início de uma Era de esperanças para a humanidade, rumo à grande regeneração do Planeta!
O século XIX foi o século de Napoleão, de Chopin e Monet...foi também o século de Montesquieu e Rousseau, foi o século de Darwin e Victor Hugo...mas sobretudo, o século XIX foi o século do surgimento do Espiritismo, essa Revolução, que abre os olhos àqueles que antes estavam cegos,acalma o gemido dos aflitos e faz vislumbrar  um novo horizonte onde antes só existia trevas...e hoje com o coração em festa, por saber qual o nosso destino, parafraseamos o grande Victor Hugo, filho do século XIX: A sepultura não é um berço sem saída, é uma avenida; ela se fecha no crepúsculo, ela se reabre na aurora!


Bibliografia
- Revista O Reformador (ano 28, nº 2.176) - Julho de 2010. 
- PUGLIESE, Adilson. O Espírito Azul.
- HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. 

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Biblioteca de Obras Raras da FEB



Olá, amigos da Seara Bendita! Espero que estejam tendo um domingo abençoado e que a próxima semana seja iluminada!

Em janeiro deste ano, tive a oportunidade de conhecer a Biblioteca de Obras Raras da FEB, e quero compartilhar com vocês.


Primeiramente, gostaria de comentar sobre minhas impressões: a FEB é um lugar super agradável, tem uma energia muito boa, e o pessoal é cativante...

Fiquei encantada pelos jardins ao redor dos prédios, que mais parecem com os jardins do Nosso Lar.




Fui com meu marido, que ainda não é espírita, e ele se encantou com tudo o que viu.

A recepção pelos funcionários é harmoniosa, e eles nos trataram como se há muito conhecessem.

A maioria dos móveis é proveniente de doação, e isso inclui móveis de grandes vultos do Espíritismo. Confesso que fiquei anestesiada quando me deparei com uma poltrona com a etiqueta, Bezerra de Menezes.

Não tiramos foto, porque sinceramente, nem me lembrei. Fiquei tão feliz por estar visitando aquele lugar, que nem me lembrei de tirar fotos.

Gente, tem obras raríssimas, inclusive um Livro dos Espíritos de publicação quase da época de sua edição.


A história da Livraria:

"Teve origem a Livraria da Federação com uma doação em dinheiro feita por Augusto Elias da Silva, juntamente com vários exemplares das obras de Allan Kardec.

Seguiu-se ao impulso inicial do fundador da FEB outra doação feita por João Lourenço de Souza e alguns outros confrades, ficando o 31 de março de 1897 como a data de fundação da Livraria propriamente dita. Entre os primeiros diretores ou gerentes da   Livraria citamos os nomes de João Lourenço de Souza, Francisco Tavares, Antônio Lima e Manuel Quintão.


Todavia, o fato mais significativo relacionado com o livro, ainda no século passado, foi, sem dúvida, a concessão feita à Federação Espírita Brasileira, representada por seu Presidente Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, pela Société de Librairie Spirite, proprietária e responsável em todo  o mundo pelas obras do Codificador, representada por seu Administrador e Liquidatário P. G. Leymarie,  "dos direitos exclusivos às traduções portuguesas, tanto no Brasil como em Portugal, das obras seguintes de Allan Kardec, cuja propriedade literária pertence a esta Sociedade de Livraria Espírita, Paris, a saber: 1º O Que é o Espiritismo — 2º O Livro dos Espíritos — 3º. O Livro dos Médiuns — 4º. O Evangelho segundo o Espiritismo — 5º O Céu e o Inferno – 6º A Génese — 7º Obras Póstumas e tudo o que contêm os 40 volumes, da Revue Spirite.

A partir de 1901 a Federação, por meio de sua Livraria, passou a fazer por conta própria, mediante contratos com editoras, as edições de diversos livros, sistema que perduraria por muitos anos, até que pudesse contar com sua própria editora. As obras de Allan Kardec, em edição especial e popular, foram publicadas em 1904, em comemoração ao seu centenário de nascimento.

Em 1901 eram reeditadas as obras Depois da Morte e O Porquê da Vida, de Léon Denis, e O Livro dos Espíritos. Mediante acordo com algumas editoras, foram publicados Cristianismo e Espiritismo, de Léon Denis; Marieta: páginas de duas existências, do Visconde de Torres Solanot; Região em litígio entre este mundo e o outro, de Robert Dale Owen; No País das Sombras, de E. d"Espérance; Nos Templos do Himalaia e No Santuário, de A. Van der Naillen; e A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne."

O site da FEB, no departamento das obras raras, fornece pesquisas públicas que vocês ficarão surpresos...


Vale a pena passear por lá!


Abraços fraternos, e fiquem com Deus.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Momento FEB: Palavras aos pais e aos evangelizadores da infância

José Passini



“Encarnando, com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo.”1

A visão que se tem da criança pela ótica espírita difere fundamentalmente daquela que é sustentada pelas doutrinas que pregam a unicidade da existência corpórea. Para essas correntes de pensamento religioso, a criança traz, ao nascer, apenas os ascendentes biológicos, que seriam herdados dos antepassados próximos ou remotos.

A concepção espírita diverge, também, de outras doutrinas reencarnacionistas que consideram a volta do Espírito ao mundo material apenas com fins punitivos ou, quando muito, para o cumprimento de uma missão.

O Espiritismo não nega a reencarnação missionária, e ensina que aquilo que é visto como punição é apenas o funcionamento da lei de causa e efeito. Entretanto, vai além, ampliando a compreensão da própria vida, ao revelar o aspecto evolutivo da reencarnação.

Vista sob essa ótica, a criança é um Espírito imortal, detentor de imensa bagagem de experiências vivenciadas em outras épocas, herdeira de si mesma, que retorna à Terra, a fim de adquirir novos conhecimentos e, principalmente, de reformular sua maneira de proceder, ajustando-a, tanto quanto possível, aos postulados do Evangelho de Jesus. Assim, aprende-se, no Espiritismo, que a reencarnação tem por objetivo o prosseguimento da jornada evolutiva do Espírito.

Ao responderem a Kardec a respeito da utilidade de passar pelo estado de infância, os Espíritos superiores atribuíram a responsabilidade da execução dos procedimentos educativos, não só aos pais, mas a todos aqueles que têm oportunidade de propiciar à criança ensinamentos e exemplos que a ajudem a adquirir novos conhecimentos e a reformular seu modo de proceder, ou seja, de reeducar-se através do esforço consciente, no sentido de exteriorizar sua luz, herança divina de que todos os Espíritos somos dotados, conforme ensinamento de Jesus (Mateus, 5: 16).

Dentre esses incumbidos de educá-la, segundo a expressão dos Espíritos (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 8, FEB), estão os evangelizadores da infância, ligados a esses irmãos recém-chegados do mundo espiritual, não pelos laços da consanguinidade nem do parentesco físico, mas pelos mais sagrados elos da nobre tarefa assumida perante o Evangelizador Maior.

Entende-se, assim, que foram admitidos num trabalho que é continuação daquele iniciado no mundo espiritual, na preparação do Espírito para sua volta às lides terrenas. Ao ser considerada a Escola Espírita de Evangelização como um Posto Avançado do mundo espiritual, deve-se meditar sobre a extensão e a responsabilidade da tarefa que é atribuída ao evangelizador.

Consciente dessa grave responsabilidade, qual seja a de iluminar consciências, urge que se prepare convenientemente através da oração sincera, da meditação serena, do estudo edificante, a fim de que a sua palavra, portadora de carga magnética gerada na convicção profunda, e não apenas na informação superficial, possa tocar os pequeninos, pois quem não está convencido do que diz, raramente consegue convencer alguém. Como exemplo, é oportuna a lembrança das palavras do Benfeitor Alexandre, citadas no livro Missionários da Luz:

[...] O companheiro que ensina a virtude, vivendo-lhe as grandezas em si mesmo, tem o verbo carregado de magnetismo positivo, estabelecendo edificações espirituais nas almas que o ouvem. Sem essa característica, a doutrinação, quase sempre, é vã.2

Desse modo, a palavra suave, embora firme, abrirá as portas do entendimento da criança, propiciando oportunidade à semeadura das lições do Evangelho, agora explicado à luz da Doutrina Espírita.

Deve, o evangelizador, ter consciência de que a Escola Espírita de Evangelização – chamada afetivamente de “escolinha” – é, malgrado o pouco tempo de que dispõe para o convívio com a criança, apesar da incompreensão de alguns dirigentes de centros espíritas e das dificuldades materiais, a escola que mais esclarece no mundo, aquela mais propícia à implantação dos tempos novos, em face dos ensinamentos libertadores, capazes de levar o evangelizando a uma mudança de mentalidade, que o capacitará a colaborar efetivamente na implantação de uma sociedade mais justa, mais humana, mais fraterna, conforme preconizam os Espíritos.

Importa seja lembrado também que o Espiritismo, ao trazer de volta os ensinamentos de Jesus, na sua simplicidade, objetividade e pujança originais, anula aquele sentimento místico do comparecimento ao templo – assim chamado casa de Deus – e revela o mundo como oficina da vivência religiosa, portanto, do aperfeiçoamento espiritual.

Anula, também, outro referencial religioso, além do templo, qual seja a figura do guru, do sacerdote, do pastor. Tendo isso em mente,deve o evangelizador meditar sobre o que ele representa para a criança, que o observa efetivamente como referencial religioso, malgrado o seu empenho em mostrar-lhe os verdadeiros referenciais nas figuras veneráveis que, através dos tempos, têm trazido suas contribuições para a iluminação da criatura humana, no que se destaca a figura maior de Jesus.

Assim pensando, deve o evangelizador empenhar-se, com toda a força do seu entendimento, no sentido de aprimorar-se cada vez mais para a execução do seu trabalho junto à criança. Esse aprimoramento envolve três aspectos principais, que devem ocupar o primeiro plano das suas preocupações: o pensar, o sentir e o fazer.

O pensar leva-o à reflexão, à conscientização plena do valor do seu trabalho. Quando medita sobre sua atuação no setor de evangelização infantil, deve avaliar o nível do seu comprometimento com a tarefa; que espaço ela ocupa em sua mente; quantas horas por semana dedica ao preparo da mensagem que levará à criança que espera dele a orientação, a fim de que caminhe com segurança neste mundo tão conturbado da atualidade.

Sem que se julgue grande missionário ou Espírito iluminado, é justo que tenha consciência da relevância e do valor da tarefa a que se dispõe, ainda que a sua turma de evangelizandos seja pequena, que seja “turma” de um só! E quando o assalte alguma dúvida a respeito da validade do seu esforço, deve lembrar-se de que no trabalho mediúnico de desobsessão – que deveria denominar-se “evangelização do desencarnado” – um grupo de várias pessoas se empenha, às vezes durante muito tempo, no encaminhamento de um único Espírito que trilha caminho equivocado, não raro por não ter sido evangelizado na infância.

Ao serem examinados os resultados das tarefas desenvolvidas nas instituições espíritas, fica evidente que a Evangelização da criança é a atividade mais  importante, uma vez que beneficia o Espírito desde a fase infantil, influenciando o seu proceder, dando-lhe diretrizes que o ajudarão não só nesta sua passagem pela Terra, mas que servirão como farol a iluminar-lhe a consciência em sua vida de Espírito imortal. Por isso é que, embora reconhecendo o valor das outras tarefas desenvolvidas nos centros espíritas, chega-se facilmente à conclusão de que a Evangelização da Criança deveria ter primazia, deveria ser atividade olhada com a maior responsabilidade por parte dos dirigentes das instituições espíritas, por ser a encaminhadora do Espírito, numa verdadeira continuação do trabalho iniciado no mundo espiritual, durante os preparativos para sua volta.

É a consciência profunda do insubstituível valor da tarefa que deve alentar o evangelizador nos momentos de desânimo, quando a incompreensão dos dirigentes da casa onde trabalha, a falta de espaço físico, de material apropriado, a falta de cooperação dos próprios pais, as dificuldades com a criança – todas essas dificuldades quiserem tirá-lo dessa seara bendita a que foi convocado.

O evangelizador deve empenhar-se, também, no desenvolvimento da sua capacidade de sentir. Todos temos em nós o amor, em estado de latência. Essa herança divina, que o Espírito vai revelando através dos séculos sucessivos, pode ter sua exteriorização acelerada pelo esforço consciente da criatura. E o evangelizador é desafiado ao esforço de amar, pois quem não ama não tem condição de suscitar nos pequeninos o desejo de amar.O  pensar é muito importante, imprescindível mesmo.Mas o pensar sem o sentir pode levá-lo a uma postura muito fria, muito calculada que, embora matematicamente certa dentro dos parâmetros meramente pedagógicos, vistos do ângulo acadêmico, não se coaduna com o espírito do trabalho de evangelização, que deve primar pelo incentivo ao desenvolvimento das virtudes preconizadas pelo Evangelho.

E quando, após anos de trabalho junto a uma criança, souber que ela se desviou, a partir da adolescência ou da juventude, o evangelizador não deve desanimar, julgando perdido todo o seu esforço ao longo de anos sucessivos. O Bem nunca se perde.Mais cedo ou mais tarde, às vezes com o concurso da dor, as sementes recolhidas com os risos da infância germinarão, até mesmo regadas pelas lágrimas na idade adulta.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Sublime Encontro

Qual peregrino perdido no deserto,
Procurava a fonte de água pura,
O oásis acolhedor,  a ventura, 
o repouso e depois o rumo certo.

Tal folha seca, levada pelo vento incerto,
Procurava a paz que perdura,
O bálsamo para a dor que depura
E ter o espírito, das aflições, liberto.

Então, de repente, na Estrada Redentora,
Surge o clarão da Luz Libertadora,
Irradiando paz e amor.

E ante a claridade que me espanta,
No meu caminho, majestosa, se levanta, 
A imagem sublime do Cristo Redentor.

(Adilton Pugliese, extraído do livro "O Espírito Azul: crônicas, estudos e comentários à luz do espiritismo." 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Desencarnações coletivas



Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios? (Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública, na noite de 28 de fevereiro de 1972, em Uberaba, Minas Gerais.)

Resposta: 
 Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio. Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente. É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.
* * *
 Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos. Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras. Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas. Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.


* * * 
 Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as consequências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança. É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida.


* * *
 Lamentemos sem desespero quantos se fizeram vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos. Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor. 


Emmanuel

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Casamento



Com o advento da modernidade, e do avanço pela celeridade processual como forma de desafogar o judiciário, fora editada a Emenda Constitucional 66 de 2010, na qual determinou que "o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio".

A intenção era de que tornasse o processo mais simples, suprimindo o processo de separação judicial prévio para os casais que se separassem.

Desta forma, na visão da ética cristã, o casamento deixou de ser o importante instrumento de constituição da familia, já que se banalizou sua abrangência, ao passo que se um casal casa-se hoje e amanhã pretende separar-se, e cabendo o divórcio em vias cartorais, logo que homologada sua averbação, pode impetrar novo processo para casar-se novamente.

Em outra via, a opção pela união estável ao casamento realizado no cartório, vulgarmente chamado de "casamento no papel", tornou-se uma optativa para que os casais não assumam a responsabilidade do casamento, já que desfeito o relacionamento, desnecessário qualquer meio processual para alterar seu estado civil.

É mais fácil ser sempre solteiro, que se tornar um divorciado.

Todavia, os casais vem esquecendo da importância da abnegação, da resignação, da responsabilidade e do comprometimento que se torna necessário em quaisquer união.

É ncessário reatar os laços do casamento, conscientizando os nubentes da necessidade de entregar-se com maior zelo e cuidado na maior instuição da sociedade: a família.

Neste contexto, Alberto Ribeiro de Almeida, com especialização em terapia transpessoal, escreveu o livro "A Arte do RE ENCONTRO - Casmento", da editora Federação Espírita do Paraná (FEP), que consta inúmeras reflexões ofertadas ao Leitor sobre o amor, o casamento.



Segue transcrição da introdução, realizada por Joanna de Ângelis, através da psicografia de Divaldo Pereira Franco, que nos insita profundas reflexões acerca da união conjugal.

Já comprei o meu, e estou devorando cada cantinho de suas páginas, e compartilho esta linda passagem abaixo:


"Como consequência de largo processo antropossocio-psicológico, o ser humano alcançou o patamar da união conjugal para o elevado ministério da constituição da família.

Dos instintos de conservação da vida e da sua perpetuação mediante a união sexual decorrente dos impulsos da libido à poligamia, a Sociedade, no seu desenvolvimento evolutivo, concluiu que a disciplina e o respeito devem viger nas uniões, elegendo a monogamia como sendo o comportamento ideal para a vida digna e feliz.

O sexo, como veículo da construção de vidas orgânicas, é abençoado pelo prazer em forma de sensação que se converte em emoção superior, unindo os parceiros e os tornando complementos afetivos um do outro.

Com a liberalidade sexual em nome do modernismo, os relacionamentos múltiplos vêm reconduzindo o ser humano às superadas experiências primevas, atando-o aos vícios mentais e tormentos emocionais que se expressam em forma de promiscuidade e de insatisfação.

Quanto mais se deseje instrumentar a união sexual com artifícios para aumentar-lhe o prazer, mais se reduzirá a emoção plenificadora, transformando-a em hábito desgastante e gerador de conflitos existenciais que culminarão na incapacidade orgânica, na amargura, na drogatização...

O fator básico para a perfeita integração sexual entre dois seres humanos é a presença do amor amadurecido pela consciência psicológica em torno da vida, culminando, invariavelmente, no consórcio matrimonial em busca da sua preservação.

Embora na atualidade essa união se encontre vilipendiada pelo erotismo e se torne motivo de exibicionismo de algumas personalidades de relevo na Sociedade, que o tentam proscrever, o casamento é conquista nobre que possibilita a harmonia entre os parceiros e o respieto recíproco.

Os fracassos que se apontam nas uniões conjugais não são maiores do que nos relacionamentos ligeiros e sem compomisso ou responsabilidade, quase todos, porém, defluentes da imaturidade psicológica dos nubentes, qual sucede em qualquer outro tipo de parceria...

Invariavelmente, a precipitação emocional e os impulsos irrefreados dos indíviduos buscam no casamento um campo de exteriorização das suas necessidades sexuais, sem a devida preparação para a convivência a dois ou a maior número de pessoas, quando surge a prole.

Outros fatores que procedem de existências passadas como heranças infelizes, expressam-se em forma de conflitos e complexos tormentosos, que são frutos espúrios do egoísmo, da prepotência, do ciúme, das paixões dissolventes que estrugem em lutas perversas logo passa o encantamento inicial da eleição conjugal.

Na condição de vínculo moral e legal de alta significação social e de responsabilidade, o casamento é a maneira mais digna para a construção da Sociedade.

Sem dúvidas, há parcerias sexuais ditosas pelos sentimentos de união que felicitam os consórcios.

Neses casos, por que não selas com o matrimônio a união consolidade, atendendo aos dispositivos legais elaborados pelo congresso moral?

O ser humano avança para a superação dos atavismos doentios do passado e a vitória sobre os hábitos viciosos, sendo o casamento um recurso precioso para o equilíbrio e a edificação familiar."

(...)

Salvador, 24 de novembro de 2010.
Joanna de Ângelis

(página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)



Carinhosamente,


Fabiane Teixeira

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Evangelho no Lar

O culto do Evangelho no Lar é muito importante para a saúde espiritual da família. É um momento onde as famílias se encontram e juntos refletem sobre as palavras do Cristo. Não é apenas o Espírita que pode fazer o Evangelho. A família que se reúne sob o Evangelho fortalece os seus laços. Independentemente da religião, todos podem refletir acerca das palavras de Jesus. Não é necessário que todos sejam espíritas, mas se participarem será um momento precioso de reflexão e união.
Quando um lar se propõe a estudar o Evangelho toda a rua se beneficia. As bençãos se expandem às casas vizinhas e todos recebem os fluidos salutares das zonas superiores.
Como fazer o Evangelho no Lar?
- Deve ser realizado semanalmente, de preferência, no mesmo horário.
- 15 a 20 minutos são suficientes.
- Prece inicial: uma prece feita de forma espontânea e singela, agradecendo a Deus pela oportunidade do estudo e e auxílio dos bons espíritos.
- Leitura do Evangelho: escolhe-se um trecho do Evangelho e então a leitura é feita.
- Comentário do texto lido: comentário deve ser breve, cada um expressando o seu entendimento.
- Prece de encerramento: agradecemos então a presença dos espíritos que nos auxiliaram para que o culto do Evangelho se realizasse em clima de paz e tranquilidade.

Lembremos aqui que todos podem participar do Culto do Evangelho no Lar, até mesmo os animais de estimação. Se preferir, utilize alguns textos para reflexão, sempre antes da prece final: Jesus no Lar (Neio Lúcio, psicografado por Chico Xavier ) ,  No Roteiro de Jesus (Irmão X, psicografado por Gerson Simões Monteiro) são bons exemplos. 

Para finalizar devemos ter sempre em mente que  "Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." Mateus 18:20 

Muita paz!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Pensa em termo de vida eterna...

Pensa em termos de vida eterna.


A morte é somente um veículo para a mudança de domicílio.


Quando os tecidos físicos se gastam ou se rompem violenta­mente, libertam o Espírito eterno, e retorna à Pátria Espiritual.


Tudo se transforma.


O corpo se altera e decompõe, indo vitalizar outras expressões materiais.


Já o ser espiritual, que nele habita transitoriamente, deixa-o para assumir a sua realidade estrutural.


Vive, portanto, considerando que a morte pode alcançar-te em qualquer momento, devendo te preparares desde já para a viagem inevitável.


Joanna de Ângelis

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Pluralidade dos mundos habitados

Questão 55 do Livro dos Espíritos: São habitados todos os globos que se movem no espaço?
 "Sim e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição."

Porque, em meio a imensidão do Universo, alguns ainda pensam que apenas o planeta Terra é habitado? Será, por acaso, que Deus fez planetas e galáxias apenas para a contemplação do homem? essa é uma visão ultrapassada e egoísta. Não há dúvida de que foi Deus quem fez o mundo e tudo o que nele há...mas não apenas o nosso orbe, mas milhares e milhares de mundos, tantos, que nossa mente, humana e limitada não consegue calcular.
 Com efeito, existem diversos "graus" de mundos habitados e isso fica claro quando Allan Kardec em O Livro dos Espíritos, questão 55, após questionar os espíritos sobre este tema, afirma:"acreditar que os seres vivos estão limitados ao único ponto que habitamos no Universo, seria pôr em dúvida a sabedoria de Deus que não faz nada inútil." Se não há nada de inútil na criação, concluímos, então, que os diversos mundos são habitados e entendemos ,portanto, as palavras de Jesus que em João 14:2 afirma:"há muitas moradas na casa do meu Pai". Moradas com diferentes organizações, de acordo com a necessidade dos que nelas habitam.
Joanna de Ângelis, no livro "Lições para a felicidade" psicografado por Divaldo Pereira Franco, afirma que "a vida estua prazenteira e feliz em toda parte, propiciando harmonia e beleza em variadas manifestações para a glória do Espírito andarilho das estrelas." 
Eis a lição: todas as vezes que contemplarmos as noites estreladas, lembremo-nos que para além das estrelas existem milhares e milhares de irmãos, que mais ou menos evoluídos do que nós próprios, vivem nas esferas que lhes foram concedidas por Aquele que é Todo Amor, Todo Bondade e Todo Misericórdia e que transitoriamente utiliza do invólucro que mais lhe apetece, rumo à Vida Maior, em busca da Felicidade, destino maior de todos os seres do Universo.

Quer saber mais??
KARDEC.Allan. O Livro dos Espíritos.
ÂNGELIS. Joanna de (Espírito). Lições para a felicidade; [psicografado por] Divaldo Pereira Franco - Salvador,BA: Livr.Espírita Alvorada, 2003.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Apresentação



Nos encontros do mundo virtual, duas blogueiras, Suzala Moura e Fabiane Teixeira, decidiram criar um cantinho para suas mensagens de incentivo, orações, leituras sugestivas para reflexão e estudo, em que contribuissem para a busca da perfeição. Com os propósitos do Cristo Consolador, empenham-se na criação de um mundo melhor, em que todos encontrem o signficado da palavra união. Suzala é de Vitória da Conquista, Bahia, e Fabiane é de Belo Horizonte, Minas Gerais, e juntas divulgadoras da Boa Nova, amantes da Doutrina Espírita e em busca da perfeição.

Neste contexto, compartilhamos transcrição do Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 17, que nos faz mergulhar numa profunda análise do que é a perfeição.

"Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem ao que vos tem ódio, e orai pelos que vos perseguem e caluniam. Para serdes filhos de vosso Pai que está nos Céus; o qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus, e vir chuva sobre justos e injustos. Porque se vós não amais senão os que vos amam, que recompensas haveis de ter? Não faz os publicanos também o mesmo? E se vós saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os gentios? Sede vós logo perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito. (Mateus, V: 44 e 46-48).

Desde que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta máxima: “Sede perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito”, tomada ao pé da letra, faria supor a possibilidade de atingirmos a perfeição absoluta. Se fosse dado à criatura ser tão perfeita quanto o seu próprio Criador, ela o igualaria, o que é inadmissível. Mas os homens aos quais Jesus se dirigia não teriam compreendido essa questão. Ele se limitou, portanto, a lhes apresentar um modelo e dizer que se esforçassem para atingi-lo.

Devemos, pois, entender, por essas palavras, a perfeição relativa de que a humanidade é suscetível, e que mais pode aproximá-la da Divindade. Mas em que consiste essa perfeição? Jesus mesmo o disse: “Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos têm ódio, e orai pelos que vos perseguem e caluniam”. Com isso, mostra que a essência da perfeição é a caridade, na sua mais ampla acepção, porque ela implica a prática de todas as outras virtudes.

Com efeito, se observarmos o resultado de todos os vícios, e mesmo dos simples defeitos, reconheceremos que não há nenhum que não altere mais ou menos o sentimento de caridade, porque todos nascem do egoísmo e do orgulho, que são a sua negação. Porque tudo o que excita exageradamente o sentimento da personalidade destrói ou, quando nada, enfraquece os princípios da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, o sacrifício e o devotamento. O amor do próximo, estendido até o amor dos inimigos, não podendo aliar-se com nenhum defeito contrário à caridade, é sempre, por isso mesmo, o indício de uma superioridade moral maior ou menor. Do que resulta que o grau de perfeição está na razão direta da extensão do amor ao próximo. Eis por que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que ela tem de mais sublime, lhes disse: “Sede logo perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito”.

Capítulo 17, do Evangelho Segundo o Espiritismo.